| tenho ea... e agora?
Certo dia, quando já não tinha qualquer esperança de ver a minha situação resolvida (porque a minha médica de família insistia que eu não tinha nada) a minha mãe chegou a casa com um convite…
Ao fundo da nossa rua, decorria uma acção de consciencialização da PFIZER, onde estavam presentes profissionais de saúde ligados às mais variadas especialidades. A minha mãe, na Consulta da Dor, expôs o meu caso ao médico reumatologista. Este pediu que eu fosse lá no dia seguinte, e participar – com o meu testemunho – numa pequena palestra com um dos médicos reumatologistas mais importantes do país.
Sinceramente, eu não aceitei muito bem esse convite. Já não queria mais saber de médicos, consultas: estava cansada de explicar o que sentia, cansada de descrever o indescritível para no fim… me dizerem que “estava tudo na minha cabeça”.
Mas a minha mãe não desistiu. “Obrigou-me” a sair de casa e, assim, muito devagarinho e com a ajuda das minhas canadianas, lá fui.
Conheci o Sr. Dr. Augusto Faustino – médico reumatologista no IPR (Instituto Português de Reumatologia). Era o prelector da palestra e, durante o seu discurso insistia que nós – os pacientes – tínhamos obrigação de não nos habituarmos à dor. Até aqui, tudo bem. Concordei. Contudo, quando o Dr. Augusto Faustino disse que os médicos de família encaminham os seus pacientes à consulta de reumatologia, sempre que necessário… eu tive que intervir!
Pedi licença para falar e, foi assim que o Sr. Dr. Augusto Faustino teve conhecimento do meu caso: a minha médica de família jamais me encaminhou para a consulta de reumatologista. Aliás, ela recusou tal, de todas vezes que o solicitei. Terminada a palestra, dirigi-me para casa. E, eis que fui interpelada pelo Sr. Dr. Augusto Faustino. Disse-me para eu aparecer no IPR e falar com ele. Assim o fiz.
Na semana seguinte, fui à sua consulta. O Sr. Dr. Augusto Faustino recebeu-me, mesmo não tendo consulta marcada ou credencial. Ouviu-me com toda a atenção, receitou-me alguns medicamentos e pediu-me exames. Foi de uma amabilidade incrível! E… mais importante: jamais me disse que tudo o que tinha ouvido era fruto da minha imaginação.
No dia em que lhe mostrei os exames… a notícia.
Depressa pesquisei tudo sobre a doença. Contactei ANEA – Associação Nacional de Espondilite Anquilosante, que me disponibilizaram toda a informação que dispunham e… foi o que já descrevi no post anterior.
Andei desesperada durante um ano. Por mais que eu pesquisasse, não via qualquer solução, qualquer saída… acabei por desistir.
Entreguei-me à dor, desisti de viver.
Ao fundo da nossa rua, decorria uma acção de consciencialização da PFIZER, onde estavam presentes profissionais de saúde ligados às mais variadas especialidades. A minha mãe, na Consulta da Dor, expôs o meu caso ao médico reumatologista. Este pediu que eu fosse lá no dia seguinte, e participar – com o meu testemunho – numa pequena palestra com um dos médicos reumatologistas mais importantes do país.
Sinceramente, eu não aceitei muito bem esse convite. Já não queria mais saber de médicos, consultas: estava cansada de explicar o que sentia, cansada de descrever o indescritível para no fim… me dizerem que “estava tudo na minha cabeça”.
Mas a minha mãe não desistiu. “Obrigou-me” a sair de casa e, assim, muito devagarinho e com a ajuda das minhas canadianas, lá fui.
Conheci o Sr. Dr. Augusto Faustino – médico reumatologista no IPR (Instituto Português de Reumatologia). Era o prelector da palestra e, durante o seu discurso insistia que nós – os pacientes – tínhamos obrigação de não nos habituarmos à dor. Até aqui, tudo bem. Concordei. Contudo, quando o Dr. Augusto Faustino disse que os médicos de família encaminham os seus pacientes à consulta de reumatologia, sempre que necessário… eu tive que intervir!
Pedi licença para falar e, foi assim que o Sr. Dr. Augusto Faustino teve conhecimento do meu caso: a minha médica de família jamais me encaminhou para a consulta de reumatologista. Aliás, ela recusou tal, de todas vezes que o solicitei. Terminada a palestra, dirigi-me para casa. E, eis que fui interpelada pelo Sr. Dr. Augusto Faustino. Disse-me para eu aparecer no IPR e falar com ele. Assim o fiz.
Na semana seguinte, fui à sua consulta. O Sr. Dr. Augusto Faustino recebeu-me, mesmo não tendo consulta marcada ou credencial. Ouviu-me com toda a atenção, receitou-me alguns medicamentos e pediu-me exames. Foi de uma amabilidade incrível! E… mais importante: jamais me disse que tudo o que tinha ouvido era fruto da minha imaginação.
No dia em que lhe mostrei os exames… a notícia.
Depressa pesquisei tudo sobre a doença. Contactei ANEA – Associação Nacional de Espondilite Anquilosante, que me disponibilizaram toda a informação que dispunham e… foi o que já descrevi no post anterior.
Andei desesperada durante um ano. Por mais que eu pesquisasse, não via qualquer solução, qualquer saída… acabei por desistir.
Entreguei-me à dor, desisti de viver.
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