| dieta sem amido


A Dieta Sem Amido pode ser considerada, por muitos, uma dieta complicada, restrita, difícil de concretizar, insalubre, pouco ou nada criativa… para outras pessoas, a ideia de seguir um regime alimentar – por si só – é um verdadeiro pesadelo. Algumas pessoas, ainda, poderão pensar que fazer dois pratos – um para si, sem amido, e outro para a restante família – é cansativo, principalmente, após um dia de trabalho…

No início, eu pensava assim. Contudo, com o passar dos dias, quando comecei a ficar cada vez melhor, pois as dores começaram a desaparecer com alguma rapidez (mas cada caso é um caso! Nada de desistir!), eu empenhei-me com toda a minha Vontade e consegui!

Consegui e descobri que, afinal, estava errada!

Criatividade, não falta! Pelo contrário! Criatividade é a palavra-chave desta dieta!

Insalubre? Nada disso! As receitas que se conseguem com os poucos ingredientes que temos podem ficar completamente divinais!

Complicada? Complicadas são as nossas dores, a incapacidade física e psicológica que a EA nos traz… Se para continuar sem dores – como me encontro neste momento – for preciso abdicar do meu pão… seja!

Difícil? Basta um pouco de paciência e muito Amor! Afinal, na cozinha, tudo é possível! Eu sempre gostei de cozinhar. Confesso, porém, que sempre detestei fazer bolos. Pão? Esse “compra-se na padaria!”… mas com o tempo, a experiência, consegui resultados bastante agradáveis.

Cansativo? Sim… sem dúvida. Mas, mais uma vez, uma questão de hábito! Afinal, quem faz um prato, faz dois!

Então, que tal tentar? Hoje! Amanhã é sempre tarde demais... como canta a canção.

As dicas surgem da minha experiência. O grau de sensibilidade ao amido, varia de pessoa para pessoa. Pelo que temos descobrir, por nós mesmos, que alimentos são ou não seguros. Não obstante, com dicas de pessoas que já seguem a dieta, torna-se tudo mais fácil! Vale a pena tentar.

Dicas

Dieta sem amido desde o primeiro dia
Eu comecei a dieta de uma forma radical. No primeiro mês, só comia carne, saladas e alguns vegetais. Só assim - penso - é que conseguimos começar a erradicar a bactéria, de uma só vez.

Nada de sopas
Pois é... mas tem que ser, uma vez que é muito difícil conseguir uma sopa, completamente, livre de amido. Mesmo que a cenoura, a abóbora e outros legumes tenham índices muito pequenos de amido, tudo junto... mais tarde... quem sabe?

Cebola e alho
Cuidado! São extremamente "dolorosos"! A Cebola e alho têm Inulina, que se trata de um Polissacarídeo idêntico ao Amido! Aliás, esta dieta deveria ser nomeada Dieta Sem Polissacarídeos, uma vez que não é só o Amido (açúcar dos cereais) que alimenta a bactéria: a Inulina (açúcar da alcachofra, cebola, alho e outros), a Dextrina (açúcar dos amidos - quando ocorre hidrólise incompleta) e a Celulose (açúcar dos vegetais, algas e resinas), são também alimento para a bactéria "responsável" pela EA e tudo o que daí advém: inflamação, dor, calcificação, incapacidade... por isso, atenção aos Polissacarídeos.

Medicamentos
Ler todas as bulas de todos os medicamentos que tomam. Eu, por exemplo, tenho uma sensibilidade tão grande ao amido que, basta um comprimido que contenha amido para ter uma crise! Na bula dos medicamentos, encontra-se um item chamado Lista de Excipientes. Aí vem indicado se o comprimido tem ou não o dito amido. Se sim, tentar junto ao seu médico, um medicamento com as mesmas propriedades, contudo com outros excipientes.

Leite e Derivados
Mas não têm Amido! É verdade! Contudo, causam uma inflamação com tamanha intensidade que as dores tornam-se insuportáveis! A Lactose (açúcar do leite) é um Dissacarídeo, tal como a Sacarose (açúcar de cana e da beterraba - o açúcar "normal") e a Maltose (açúcar do malte). Os dissacarídeos são, também, susceptíveis de causar inflamação. Mais uma vez, depende de pessoa para pessoa…

Mas como é que nós sabemos o que, realmente, nos causa inflamação?

Eu resolvi seguir o conselho de Zarkme. Depois de alcançar um estado de inflamação, praticamente, nula – ou seja, sem dores – comer muito de um ingrediente e esperar.

Por exemplo:

Não se sabe muito bem porquê, mas o arroz – que tem muito amido – não causa inflamação a alguns pacientes com EA. Quando descobri esta suposta excepção à regra, resolvi experimentar.

Confesso que estava bastante receosa! Nós estamos tão habituados à dor, que apesar de estarmos sempre com dores, só nos lembramos que elas são mesmo fortes, quando temos uma crise. Agora, quando alcançamos um estado “sem dor”… quando temos uma crise é, simplesmente, uma tortura inexplicável! Chego mesmo a perguntar-me “como é que conseguia?!”

Mas, com o apoio moral da minha família… lá veio o meu prato favorito: Arroz de Pato.

Comi bastante, tal como Zarkme aconselha, pois só assim é que sabemos se aquele ingrediente traz ou não complicações. Almoço – cheia de medo: jantar – sempre receosa… até que me esqueci. E, no dia seguinte, novamente almoço.

Afinal, sabe-se lá porquê, eu que não tolero o amido de um comprimido mínimo, tolero o amido do arroz!

(Importante: Eu só fiz esta experiência, no mês de Abril: quatro meses após o início da dieta! Só depois de alcançar um estádio em que não há - praticamente - dor nenhuma, é que se deve começar as experiências!)

Comentários

Anónimo disse…
quando vires este comentário adiciona o meu mail pff.. daniela_marques_1@msn.com. eu descobri ontem que tinha esta doenca horrivel que me mata de dores e ao encontrar este teu site fiquei um pouco aliviada. mas sóo nao consigo perceber que alimentos posso comer visto que tudo tem amido. obrigada. daniela
Oliveira disse…
Então minha querida, que lhe aconteceu? Abandonou este excelente blogue? Espero que esteja bem.Se puder diga-nos algo.Ficamos preocupados por não saber como está.

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