| desmascarada
Ontem, quando sai do trabalho, passei por um senhor que aparentava ter cerca de setenta e poucos anos. Doente de ea, completamente curvado, com dificuldade em manter o equilíbrio, com um andar estranho...
Confesso que ainda me afecta muito, ver uma pessoa assim. Senti dó daquele senhor...
Mais tarde, já em casa, reparei que algo tinha mudado em mim: as perguntas mudaram... já não me questionei o que iria ser da minha vida quando chegasse àquele estado. “Como será que aquele senhor conseguirá dormir?” – foi pergunta que me ocorreu nesse instante.
Sim, afecta... mas a ea já não me assusta.
Foram muitos anos: cerca de duas décadas de dores moderadas a fortes, seis anos de dores fortes a muito fortes, dois anos de adaptação a este meu novo Eu.
Fez este mês dois anos que fui diagnosticada. Lembro-me muito bem desse dia. Fiquei tão aliviada! Feliz... “afinal eu não sou louca, afinal não é tudo da minha cabeça, afinal eu não sou preguiçosa e não quero viver do trabalho dos meus pais...” (a minha médica de família disse-me, a maior parte da minha família acusou-me, eu acreditei).
Depois vieram a curiosidade, a vontade de saber mais. Pesquisas e mais pesquisas trouxeram-me o espanto, a dúvida e, por fim o medo.
A partir desses dia, vivi cada fase das cinco fases que qualquer pessoa passa sempre que recebe um má notícia: a negação, a raiva, a revolta, a depressão (tão longa...) e, finalmente, a aceitação.
A aceitação veio acompanhada da vontade de perceber melhor a ea. Afinal, se eu iria ficar assim para o resto da minha vida, eu gostaria de saber o porquê!
E, assim, descobri a cura... mas a ea não tem cura – pelo menos foi o que me disseram! Não... não é verdade.
A Espondilite Anquilosante ainda me afecta. Mas já não me assusta.
Porque sei que a solução está em mim. Cheguei àquela fase que pensei jamais ser possível: a fase da cura.
Sei que se fizer os meus exercícios físicos diariamente, se me manter fiel ao meu novo regime alimentar – a dieta sem amido – e, principalmente, se continuar a sorrir (mesmo quando dói, porque às vezes dói), tudo se resolverá.
Tenho uma amiga muito querida que é uma inspiração para mim: ela está a passar por momentos muito complicados na sua vida. Não obstante, continua firme na sua dieta – é tão difícil fazer qualquer dieta, quando a nossa vida está triste... E sei que não falha a hidroginástica, apesar das dores que tem. Mais que uma inspiração, esta mulher é uma heroína e é um honra tê-la como amiga.
Por todas as razões e mais outras tantas, afirmo que já não tenho medo da ea. O monstro perdeu. Caiu-lhe a máscara.
Confesso que ainda me afecta muito, ver uma pessoa assim. Senti dó daquele senhor...
Mais tarde, já em casa, reparei que algo tinha mudado em mim: as perguntas mudaram... já não me questionei o que iria ser da minha vida quando chegasse àquele estado. “Como será que aquele senhor conseguirá dormir?” – foi pergunta que me ocorreu nesse instante.
Sim, afecta... mas a ea já não me assusta.
Foram muitos anos: cerca de duas décadas de dores moderadas a fortes, seis anos de dores fortes a muito fortes, dois anos de adaptação a este meu novo Eu.
Fez este mês dois anos que fui diagnosticada. Lembro-me muito bem desse dia. Fiquei tão aliviada! Feliz... “afinal eu não sou louca, afinal não é tudo da minha cabeça, afinal eu não sou preguiçosa e não quero viver do trabalho dos meus pais...” (a minha médica de família disse-me, a maior parte da minha família acusou-me, eu acreditei).
Depois vieram a curiosidade, a vontade de saber mais. Pesquisas e mais pesquisas trouxeram-me o espanto, a dúvida e, por fim o medo.
A partir desses dia, vivi cada fase das cinco fases que qualquer pessoa passa sempre que recebe um má notícia: a negação, a raiva, a revolta, a depressão (tão longa...) e, finalmente, a aceitação.
A aceitação veio acompanhada da vontade de perceber melhor a ea. Afinal, se eu iria ficar assim para o resto da minha vida, eu gostaria de saber o porquê!
E, assim, descobri a cura... mas a ea não tem cura – pelo menos foi o que me disseram! Não... não é verdade.
A Espondilite Anquilosante ainda me afecta. Mas já não me assusta.
Porque sei que a solução está em mim. Cheguei àquela fase que pensei jamais ser possível: a fase da cura.
Sei que se fizer os meus exercícios físicos diariamente, se me manter fiel ao meu novo regime alimentar – a dieta sem amido – e, principalmente, se continuar a sorrir (mesmo quando dói, porque às vezes dói), tudo se resolverá.
Tenho uma amiga muito querida que é uma inspiração para mim: ela está a passar por momentos muito complicados na sua vida. Não obstante, continua firme na sua dieta – é tão difícil fazer qualquer dieta, quando a nossa vida está triste... E sei que não falha a hidroginástica, apesar das dores que tem. Mais que uma inspiração, esta mulher é uma heroína e é um honra tê-la como amiga.
Por todas as razões e mais outras tantas, afirmo que já não tenho medo da ea. O monstro perdeu. Caiu-lhe a máscara.
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