| do preconceito...
Quem tem ea passa por cada situação... como se não chegasse tudo o que uma doença crónica degenerativa e incapacitante acarreta ainda temos que lidar com a ignorância da sociedade.
Tenho um querido amigo que, ultimamente, tem sido alvo dos comentários mais incríveis. "Estás a ficar marreco" é uma daquelas frases comuns à ea. Tenho uma outra amiga que foi insultada enquanto atravessava a estrada - na passadeira - porque estava a andar muito devagar.
Eu mesma já fui humilhada por uma senhora no autocarro. Estava com tantas dores que nem conseguia equilibrar-me. Sentei-me no único lugar que estava livre, só para conseguir guardar a carteira, já que iria sair na paragem seguinte. Mas, entrou uma grávida e eu não a vi.
A senhora que estava sentada à minha frente começa - alto e em bom som - a disparatar comigo. Porque os jovens de agora bla blá blá, porque já não há respeito por ninguém, porque no meu tempo é que era...
Esta senhora ( se é que eu a posso chamar assim...) nem me deixou falar. Porque eu já ía sair e foi só para guardar a minha carteira...
Quem era esta senhora? Pertencia ao grupo visado na sinalética destes lugares específicos? Não parecia: não estava grávida, não tinha nenhuma criança ao colo e, da maneira como estava a esbracejar quase aos pulos, não parecia ser deficiente físico ou estar com qualquer dor (ao contrário de mim, infelizmente).
Esta senhora conseguiu deixar-me a chorar: de vergonha, de nojo de mim.
Muitos de nós já tivemos que enfrentar a ignorância desta sociedade que está cada vez mais estúpida e insensível. Eu deveria ter sentido vergonha e nojo, sim. Mas não de mim. Decididamente, não de mim...
Tenho um querido amigo que, ultimamente, tem sido alvo dos comentários mais incríveis. "Estás a ficar marreco" é uma daquelas frases comuns à ea. Tenho uma outra amiga que foi insultada enquanto atravessava a estrada - na passadeira - porque estava a andar muito devagar.
Eu mesma já fui humilhada por uma senhora no autocarro. Estava com tantas dores que nem conseguia equilibrar-me. Sentei-me no único lugar que estava livre, só para conseguir guardar a carteira, já que iria sair na paragem seguinte. Mas, entrou uma grávida e eu não a vi.
A senhora que estava sentada à minha frente começa - alto e em bom som - a disparatar comigo. Porque os jovens de agora bla blá blá, porque já não há respeito por ninguém, porque no meu tempo é que era...
Esta senhora ( se é que eu a posso chamar assim...) nem me deixou falar. Porque eu já ía sair e foi só para guardar a minha carteira...
Quem era esta senhora? Pertencia ao grupo visado na sinalética destes lugares específicos? Não parecia: não estava grávida, não tinha nenhuma criança ao colo e, da maneira como estava a esbracejar quase aos pulos, não parecia ser deficiente físico ou estar com qualquer dor (ao contrário de mim, infelizmente).
Esta senhora conseguiu deixar-me a chorar: de vergonha, de nojo de mim.
Muitos de nós já tivemos que enfrentar a ignorância desta sociedade que está cada vez mais estúpida e insensível. Eu deveria ter sentido vergonha e nojo, sim. Mas não de mim. Decididamente, não de mim...
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