| isso também passa...



dói-me.

não é necessário questionar o quê. porque nove em cada dez vezes, quando dói, dói tudo. como se a pele se transformasse numa espécie de camisa de forças, feita de ferros ardentes que se espetam na carne até às articulações, até aos ossos.

desde segunda, que ando assim e imediatamente, iniciei uma investigação aos meus últimos dias: o que comi, o que vivi, o que fiz ou deixei de fazer. depressa identifiquei a causa. as últimas semanas têm sido muito intensas, com vários desafios (não gosto da palavra "problemas") delicados, a irromperem ao mesmo tempo. normalmente, costumo enfrentar as provocações que surgem, o mais serenamente possível. contudo, foram tantas, tão complexas e tão inesperáveis, que perdi o meu centro.

permiti que os nervos à flor da pele, as emoções completamente descontroladas (medo, angústia, raiva, frustração...) e a fadiga física e mental (inerente às minhas noites extremamente mal dormidas) invadissem o meu ser. tudo isso culminou num verdadeiro "cocktail molotov", que detonou a minha terapia (que controla, não só, a minha ea como também as minhas outras afecções).

o meu corpo tentou avisar-me, há algumas semanas atrás, através de vários episódios de arritmias e crises hipertensivas, mas eu optei por ignorar. agora, tudo em mim grita, com a espondilite e a fibromialgia, a festejarem o carnaval com muito samba e forró, no sambódromo em que se tornou o meu corpo. e dói. e, agora, o meu corpo já conseguiu toda a minha atenção.

quando iniciei a minha caminhada, aliei a reeducação alimentar ao exercício físico, no tratamento da ea e da fibromialgia. contudo, desconhecia esta simbiose entre a dor e a saúde emocional. foi ao longo dos anos, que percebi que a alimentação saudável e o exercício regular, não eram o suficiente. descobri que as emoções descontroladas despoletavam crises tão dolorosas, como a ingestão de uma boa fatia de pão com manteiga ou um copo de leite.

criei, então, uma espécie de "diário de crise" e, sempre que uma crise é desencadeada, nesse mesmo instante, reúno toda a informação referente aos últimos dias e, de seguida, dou início à análise desse diário. após a identificação do gatilho (causa) - que poderá ser de origem traumática, emocional, alimentar, ausência ou excesso de exercício físico, má higiene mental, maus hábitos de sono, trabalho em excesso... - dou início a um conjunto de procedimentos (que nomeei de#reconectar), cujo o objectivo é corrigir o que está contribuindo para o desequilíbrio da minha saúde (física, mental, emocional e espiritual), revertendo, assim, o quadro de dor/doença.

viver com uma doença crónica, seja ela, qual for, requer uma vigilância constante e, consequentemente, acção imediata. aliando estes dois factores, vigilância e acção, torna-se viável a pretensão de controlar uma doença, de uma forma eficaz e, poderei dizer que, quase, permanente. é fácil? não. mas, sempre é mais difícil, entregar-se à dor constante e à evolução livre da doença.

desde que iniciei o #reconectar, tenho abusado nos meus #interruptoressecretos e posso dizer que já me sinto um pouco melhor. as dores continuam no seu auge mas, o ânimo já melhorou bastante.

agora, é persistir no #foco, na #força e na #fé porque#issotambempassa 

#espondiliteanquilosante
#fibromialgia
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#tenhoeaeestatudobem
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